"Cheguei a ministrar a extrema unção", diz padre que viu milagre de Madre Teresa
Em dezembro de 2008, o padre Elmiran Ferreira deixou sua pequena paróquia, em São Vicente, na Baixada Santista, para ministrar a extrema unção a um paciente em estado terminal.
"Ele falava coisas sem nexo e já não reconhecia mais ninguém", lembra Ferreira à BBC Brasil.
À época com 35 anos, o paciente estava passando a lua de mel em Gramado (RS) quando teve de ser levado às pressas de volta a Santos. No hospital, ele foi diagnosticado com hidrocefalia (acúmulo de líquido dentro do crânio) e com oito abscessos espalhados pelo cérebro. Seu quadro era agravado pela saúde debilitada, uma vez que havia sido submetido a um transplante de rim anos antes.
"As esperanças eram mínimas. Cheguei a administrar-lhe a unção dos enfermos", acrescenta o padre.
Mas, inexplicavelmente, o homem, cuja identidade é mantida em segredo, sobreviveu, surpreendendo, inclusive, a equipe médica responsável por seu tratamento.
O caso foi oficializado nesta sexta-feira como o segundo milagre atribuído a Madre Teresa de Calcutá, abrindo espaço para a canonização da freira. A cerimônia será realizada em setembro de 2016, de acordo com a Igreja Católica.
"Foi sem dúvida um milagre divino, por intermédio de Madre Teresa. Rezamos muito a ela", acrescenta.
Meses depois, um Exame da Ordem Médica foi feito. Um colegiado formado por sete médicos decidiu, por unanimidade, que a cura da doença era "cientificamente inexplicável".
Em 2003, a freira foi beatificada ─ o último passo antes da canonização ─ pelo então papa João Paulo II em Roma.
Fonte: ig.com.br
Colaboração: Eunice Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário