Saúde mental
Vários estudos têm encontrado uma ligação entre criatividade e neuroticismo, que é uma tendência à ruminação e ao pensamento negativo. Agora, pesquisadores britânicos propuseram que essas características podem ser duas faces da mesma moeda.
Isaac Newton formulou as leis da gravidade, construiu telescópios e mergulhou em teorias matemáticas. Ele também era propenso a crises de depressão e teve um colapso mental. Charles Darwin, autor da famosa teoria da evolução, tinha náuseas e desconforto gastrointestinal em resposta ao estresse. Psicólogos modernos sugerem que ele possuía um transtorno do pânico. Winston Churchill se referiu ao seu humor negro como seu “cão preto”, o que poderia ter tido episódios de depressão.
Seja qual for a verdade por trás da saúde mental desses homens proeminentes, o neuroticismo parece um traço de personalidade comum em pessoas criativas. Pessoas neuróticas são mais suscetíveis à doença mental e piores em profissões de alto risco. Por outro lado, são mais ligadas a atividades criativas.
“Essas pessoas podem estar deitadas na cama ou sentadas em uma poltrona em um ambiente perfeitamente neutro, e ainda assim sentir que estão sob ameaça”, explica Perkins.
Estes “pensamentos autogerados” podem, obviamente, deixar as pessoas infelizes, por imaginarem problemas que não existem.
Mas também estão ligados a habilidades de planejamento e pessoas neuróticas tendem a ser melhores em criar soluções para as coisas”. Assim, esta poderia ser a raiz da criatividade e habilidade de resolver problemas.
Isso tem desvantagens – uma tendência a ficar em pânico por causa de problemas imaginados -, e vantagens – como ser mais propenso a se deparar com uma solução do que uma pessoa que vive no momento e nunca parou para pensar nos obstáculos.
Essa é uma hipótese interessante, mas fazer um trabalho experimental para prová-la vai ser difícil. De acordo com Perkins, é complicado medir a criatividade em laboratório. A maioria dos testes pode não ser ideal ou abrangente o suficiente para identificar pessoas realmente criativas, que são raras.
Colaboração: Luiza Drubi
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