DE MÃOS DADAS...
As horas me são rubras e ciméreas,
Ouvindo as canções fúnebres e densas
Entregue a solidão profunda, imensa,
Que em mim é ressonante, cinza e etérea...
Os ares são tão tristes e um vazio
Desenha em meu olhar sua sombra infinda
Roubando-me o calor, trazendo o frio,
Levando da minh’alma a cor mais linda...
Não trago em mim vontade de sorrir;
Não sei qual o caminho a seguir...
Despendo-me qual folha á própria sorte...
Seria uma alegria poder ir
Ao fim, à hora eterna do porvir,
Levado de mãos dadas pela morte!
Aarão Filho
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