domingo, 28 de junho de 2015

INSPIRAÇÃO

DE MÃOS DADAS...


As horas me são rubras e ciméreas,
Ouvindo as canções fúnebres e densas
Entregue a solidão profunda, imensa,
Que em mim é ressonante, cinza e etérea...

Os ares são tão tristes e um vazio
Desenha em meu olhar sua sombra infinda
Roubando-me o calor, trazendo o frio,
Levando da minh’alma a cor mais linda...

Não trago em mim vontade de sorrir;
Não sei qual o caminho a seguir...
Despendo-me qual folha á própria sorte...

Seria uma alegria poder ir
Ao fim, à hora eterna do porvir,
Levado de mãos dadas pela morte!

Aarão Filho

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas