Segundo o TSE, testes já foram realizados por uma
equipe especializada e nem mesmo hackers conseguiram invadir ou danificar o
sistema. "Em 18 anos de utilização da urna eletrônica, sequer houve um
registro de fraude devidamente apurado e comprovado", disse Janino. O
software da urna é composto de uma versão do sistema Linux, criada por uma
empresa autorizada. Em 2009, o tribunal convidou mais de 30 especialistas em
tecnologia da informação a participar de testes públicos de segurança da urna
eletrônica. Após quatro dias de tentativa, nenhum deles conseguiu invadir o
sistema ou burlar os dados. Em novos testes públicos, em 2012, uma equipe da
Universidade de Brasília (UnB) conseguiu "desembaralhar" a ordem dos
votos registrados pela urna, mas não chegou a identificar os eleitores. Para
dar mais segurança e transparência, o TSE chama os partidos políticos, a Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público para acompanhar, no
período de seis meses antes do primeiro turno das eleições, as fases de
especificação e de desenvolvimento dos sistemas das urnas. Além disso, um mês
antes do primeiro turno destas eleições, em evento aberto ao público, as
versões finais dos programas foram apresentadas, testadas, lacradas e assinadas
digitalmente em ambiente específico e controlado pelo TSE. A tecnologia
brasileira foi adotada no Equador, Paraguai, Argentina, Costa Rica e República
Dominicana. Nos Estados Unidos, México e Canadá, é usada a urna eletrônica,
mas, em alguns estados e províncias, leis exigem o voto impresso conferido pelo
eleitor.
Neste ano, 16,7% dos eleitores, o que representa
cerca de 23,3 milhões, vão utilizar a identificação biométrica na hora do voto.
Até as eleições municipais de 2012, 7,7 milhões já tinham se cadastrado no
sistema, e a meta estipulada para este ano era chegar a 22 milhões, número que
foi superado em 6,28%. Segundo o TSE, o objetivo é alcançar 100% do eleitorado
até 2018.
Nas seções eleitorais que utilizarem a biometria,
o eleitor deverá posicionar o dedo sobre o sensor biométrico, para
identificação – sendo dispensada a assinatura do eleitor na folha de votação.
Na hipótese de problemas com o sistema
biométrico, o mesário deverá verificar a foto constante no caderno de votação
para só então autorizar o registro do voto.
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