Simular, remediar, declarar boas intensões, substitue na cartilha administrativa o empenho de realizar, curar, fazer o dever de casa.
Neste quesito, o nosso querido Pais se limita a montar e dirigir um teatro de farsas digno das peças de Martins Pena.
Tapam um buraco, surgem dez. Baixam juros para atrair investimento, logo depois sobem a taxa a título de conter uma inflação atribuída às vilanias do tomate. Colhem a"maior safra de grãos da história" e falta acesso aos portos, além de contêineres e rapidez no embarque. Cessa o pré-sal, e sobem os preços do etanol e gasolina.
Onera-se e desonera-se. Isenções criam um pingue-pongue econômico que nada resolve em definitivo.
O pais está sem planejamento para crescer. Toca o bonde conforme as circunstâncias, e parece atolado no marasmo e mesmice. Predomina a ineficiência disfarçada por artifícios de propaganda.
Projetos não faltam decerto. Mas quando se terá o trem-bala? Quando o Rio São Francisco em vez de secar, levará suas águas a regiões sedentas do nordeste? A ferrovia norte-sul está parada, o polo sul depende ainda de licenças ambientais. Fora do papel só as 12 arenas novas ou reformadas.
Os atores no palco são avaliados por bondades setoriais e sinais externos de simpatia às vezes anedótica- ao invés de julgados sem a teatralidade de gestos, vestes e falas.
Como dizia o economista Roberto Campos, as estatísticas cobrem apenas partes da nudez.
Artigo de Hélio Pólvora (A Tarde)
Neste quesito, o nosso querido Pais se limita a montar e dirigir um teatro de farsas digno das peças de Martins Pena.
Tapam um buraco, surgem dez. Baixam juros para atrair investimento, logo depois sobem a taxa a título de conter uma inflação atribuída às vilanias do tomate. Colhem a"maior safra de grãos da história" e falta acesso aos portos, além de contêineres e rapidez no embarque. Cessa o pré-sal, e sobem os preços do etanol e gasolina.
Onera-se e desonera-se. Isenções criam um pingue-pongue econômico que nada resolve em definitivo.
O pais está sem planejamento para crescer. Toca o bonde conforme as circunstâncias, e parece atolado no marasmo e mesmice. Predomina a ineficiência disfarçada por artifícios de propaganda.
Projetos não faltam decerto. Mas quando se terá o trem-bala? Quando o Rio São Francisco em vez de secar, levará suas águas a regiões sedentas do nordeste? A ferrovia norte-sul está parada, o polo sul depende ainda de licenças ambientais. Fora do papel só as 12 arenas novas ou reformadas.
Os atores no palco são avaliados por bondades setoriais e sinais externos de simpatia às vezes anedótica- ao invés de julgados sem a teatralidade de gestos, vestes e falas.
Como dizia o economista Roberto Campos, as estatísticas cobrem apenas partes da nudez.
Artigo de Hélio Pólvora (A Tarde)
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