“Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema.”
Durante os últimos dois dias, em cada
intervalo da minha lida, em cada batida invisível (talvez, para terceiros) do
meu coração; em cada torpedinho trocado em segredo ou não. Em cada aperto de
saudade pela ausência-presença da minha filha Thárita eu levantava os seguintes
questionamentos: O que realmente é definitivo na vida de uma mulher? O que
levou centenas de mulheres, em 8 de março de 1857, na cidade de Nova Iorque,
saírem às ruas reivindicando valorização profissional; e, em represália ao ato
de coragem delas, alguma iníqua insensatez tê-las trancadas numa fábrica e as
queimado vivas? E foi entre esses pensamentos e um desnudar de memórias que eu
encontrei um poema que traduz exatamente esta inquietação. Este poema sinaliza
a importância de recomeçar. Ele oferece doces e pedras. Fala de plantar rosas,
de possibilidade de um novo momento; uma nova chance, um nova janela na alma;
um novo e diferente jeito de caminhar.
E hoje, no Dia Internacional da Mulher,
compartilho com todas as mulheres a
mulher que existe em Cora Coralina.
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Cora
Coralina
Carmen Angélica – Educadora e Sócia fundadora do MAGMA -
Curso&Concurso
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