Carlos Britto
Há mais de uma década, mulheres do semiárido baiano decidiram liderar uma associação de cultivo de frutos silvestres, como o umbu, o maracujá e a goiaba. Hoje, a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) vende anualmente 280 mil dólares em produtos comercializados mundo afora. Iniciativa recebeu apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas (FIDA).
Em 2015, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável na Região Semiárida da Bahia — financiado pelo FIDA — co-patrocinou a construção de uma nova usina de processamento para o grupo. A instalação tem capacidade para processar 500 kg de fruta por dia. A fábrica realiza extração de suco e polpa, além de engarrafar e enlatar produtos.
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“Devolução”
Na direção da associação está Denise dos Santos, 26 anos. Os pais dela são fundadores da Coopercuc. A jovem se formou em administração de negócios e, após concluir a universidade, decidiu voltar a Uauá para “devolver” à comunidade parte de seus conhecimentos.
“Disse que nós éramos loucos quando começamos a usar umbu e outras plantas”, lembra Denise. “Olha aonde essa loucura nos levou! Somos uma companhia próspera agora. Mas a Coopercuc não se resume ao lucro. Trata-se de mostrar para as pessoas que é possível ganhar a vida no Sertão. Estamos provando isso sem sombra de dúvida”, comemora. (foto/divulgação)
Fonte:www.carlosbritto.com/
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