Melhora dos níveis de emprego e queda da inflação estimulam o aumento do consumo da bebida, sobretudo pela classe C, mas setor está longe de recompor perdas dos últimos anos
postado em 26/01/2018 06:00
São Paulo — Depois de um longo período de estagnação mesclado com queda, o mercado brasileiro de cervejas aposta todas as fichas em 2018. Fatores como a redução da inflação e dos juros, melhora do nível do emprego e até a Copa do Mundo da Rússia devem levar os consumidores de volta aos bares e ao consumo da bebida. Pelas estimativas da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), 2017 fechará com uma ligeira alta em relação ao ano anterior, retornando à média de 13,3 bilhões de litros produzidos anualmente. Em 2016, último período da medição realizada pelo Sistema de Controle de Produção de Bebida (Sicobe) da Receita Federal, foram produzidos até outubro (quando foi interrompida a medição) 12,128 bilhões de litros de cerveja.
Segundo Paulo Petroni, diretor executivo da CervBrasil, os primeiros seis meses do ano passado foram ruins para os fabricantes. A partir do terceiro e quarto trimestres, e acompanhando o aumento da renda média do brasileiro, houve acréscimo considerável da produção. “Acho que vamos empatar com 2016, porque cresceram muito os volumes no último trimestre de 2017 para preparar as vendas de verão”, estima.
As empresas apostam em avanço “sem nenhuma explosão” em 2018, segundo Petroni. “Temos que continuar nessa trajetória do terceiro trimestre para o quarto trimestre do ano passado e, gradativamente, crescer nos trimestres de 2018”. A produção das cervejarias brasileiras está atrelada à disponibilidade de renda dos consumidores. Se há alguma folga no orçamento, boa parte dela será gasta com cerveja.
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Fonte: www.correiobraziliense.com.b
Colaboração: Eunice Costa
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