terça-feira, 7 de novembro de 2017

CHUVA ABAIXO DA MÉDIA

Volta das chuvas não tem impacto imediato no volume dos reservatórios do DF

Chuva abaixo da média histórica, impermeabilização do solo e queimadas dificultam o encharcamento do solo e, consequentemente, o abastecimento

1/2017 08:00 / atualizado em 05/11/2017 10:58
Estiagem fez baixar drasticamente o nível de água do Descoberto. Governo planeja usar o volume morto se as precipitações forem insuficientes para encher o reservatório

Após quase quatro meses de seca total, a volta das chuvas ainda não trouxe o alívio na crise hídrica que o brasiliense esperava. O nível dos reservatórios que abastecem o Distrito Federal continua baixo, chegando a situações caóticas, com o Descoberto beirando os 6% do volume total. O Correio ouviu especialistas para explicar qual o ciclo que a chuva percorre até chegar aos reservatórios. A expectativa é que o caminho entre os lençóis freáticos e as bacias hidrográficas demore pelo menos um mês para ser concluída. O problema é que, além de faltar água para aguentar esse período, um novo veranico é previsto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para ocorrer entre 20 de novembro e 10 de dezembro.


Para o trimestre entre novembro e janeiro, segundo o Inmet, a expectativa é de que chova cerca de 40% acima da média histórica. O problema é que as precipitações devem ocorrer em intervalos específicos, como nas próximas duas semanas, na última quinzena do ano e em janeiro de 2018. Se as previsões se concretizarem, a possibilidade de ampliação do racionamento aumenta muito (leia Memória)tendo em vista que as próximas ações de enfrentamento à crise hídrica divulgadas pelo governo — o uso do volume morto do Descoberto e o início da captação em Corumbá IV —, na melhor das hipóteses, só sairão do papel em janeiro e dezembro de 2018, respectivamente.

Neste ano, choveu apenas 39% do que era esperado para a região do Descoberto (Veja “Estiagem 2017”). As mudanças climáticas do DF, como a alteração entre o período chuvoso das próximas semanas e o veranico do fim do mês, ocorrem devido à formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul. “Esse fenômeno é caracterizado por uma banda de nebulosidade, que começa na área amazônica, e se liga, agora, com uma frente fria vinda da região Sudeste. Acontece que o DF se encontra dentro desse corredor, o que traz essas alterações no clima”, explica Ingrid Peixoto, meteorologista e consultora do Inmet.

Fonte:www.correiobraziliense.com.br

Colaboração:  Eunice Costa

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