segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

ENSINO MÉDIO


Estados dizem que não têm tempo hábil para colocar em prática as mudanças citadas na MP da reforma do ensino médio

Estados dizem que reforma do ensino médio deverá entrar em vigor só em 2020


A reforma do ensino médio, que foi aprovada na semana passada pelo Congresso, poderá ser implementada somente em 2020, segundo previsões feitas pelos Estados e por escolas particulares, que consideram também o risco de que as mudanças nem cheguem a todas as escolas do País. O motivo é o fato de a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que é fundamental para a viabilização das alterações, ainda está em discussão no MEC (Ministério da Educação).
lParte da formação (40%) será destinada à ênfase escolhida e o restante do tempo para a formação comum, definida pela BNCC. Os Estados devem começar a implementar o novo modelo no segundo ano letivo subsequente à data de publicação da BNCC. Isso pode ser antecipado para o primeiro ano, desde que com antecedência mínima de 180 dias entre a publicação da Base Nacional e o início do ano letivo – ou seja, caso aprovada no primeiro semestre, poderia começar a vigorar em 2019.
A diretora da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), Amábile Pacios, acredita que a reforma deverá sair do papel apenas em 2020, pois, segundo ela, não há tempo hábil, sobretudo para o setor público se adequar. As escolas , acrescenta, precisam ter os projetos político-pedagógicos encaminhados às secretarias de educação para começarem a praticar as mudanças. "O setor [privado] é mais ágil nas mudanças, mas no fim depende da secretaria de educação, que define as normas e as propostas. De qualquer maneira, vamos fazer a melhor proposta e prestar o melhor serviço.”


Alterações

A reforma define ainda que as escolas devem ampliar a carga horária para cinco horas diárias – uma a mais do que a atual – em cinco anos. A intenção é que progressivamente ampliem a carga horária para sete horas diárias, para ofertar educação em tempo integral.
O governo federal já anunciou duas principais linhas de auxílio aos estados. Uma delas é o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral, que oferece R$ 2 mil a mais por aluno por ano para ajudar os estados. A ajuda, que seria por até quatro anos, foi prorrogada para dez anos.

Outra linha é o MedioTec destinado a ofertar formação técnica e profissional a estudantes do ensino médio. Ao todo, serão ofertadas 82 mil vagas.

* Com informações da Agência Brasil


Colaboração:  Eunice Costa

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