
Com seca e sem carro-pipa, famílias ficam sem água para beber em PE
Com uma estiagem prolongada que já dura quatro anos no Nordeste, mais de duas mil famílias sofrem com a seca em comunidades de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O problema, que deveria ser amenizado com carros-pipa, piorou depois que os caminhões pararam o fornecimento na zona rural, por falta de pagamento do governo estadual.
A "Operação Carro-Pipa" é atualmente feita somente pelo Exército, que faz distribuição em cisternas comunitárias. Antes, o serviço contava com a parceria do Instituto Pernambucano Agronômico (IPA) e da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). Os órgãos estaduais informaram que o calendário de pagamento passa por revisão e os débitos serão quitados, mas não deu uma previsão de quando o valor total será pago.
Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, Pernambuco ocupa a terceira posição no ranking dos estados brasileiros em situação de emergência, com 68% dos municípios afetados pela forte estiagem. Só perde para os estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Dos 185 municípios, 125, estão em situação de emergência.
........
Chuvas
Segundo a Agência de Águas e Climas de Pernambuco (Apac), nos meses de julho, agosto e setembro a seca aumentou no Sertão. Choveu 30% a menos do que o esperado para o período. De acordo com o órgão, em 2012 choveu 75% abaixo da média. Em 2013, a porcentagem foi de 40%; em 2014, 18%, e em 2016, até o momento, choveu 49% abaixo do esperado.
Segundo a Agência de Águas e Climas de Pernambuco (Apac), nos meses de julho, agosto e setembro a seca aumentou no Sertão. Choveu 30% a menos do que o esperado para o período. De acordo com o órgão, em 2012 choveu 75% abaixo da média. Em 2013, a porcentagem foi de 40%; em 2014, 18%, e em 2016, até o momento, choveu 49% abaixo do esperado.
Das quatro barragens localizadas em Petrolina e monitoradas pela agência, três estão com 0,0% do volume e uma tem apenas 0,33%. Os reservatórios entraram em colapso entre os anos de 2009 e 2012.
O boletim da Apac também indica que a falta de chuvas contribuiu para o aumento da temperatura. Um dos agravamentos da seca é a ocorrência do fenômeno El niño, no início do ano. Mas, segundo meteorologistas, o El Niño começou a perder força e no lugar começa a aparecer a La Niña, que tem o efeito contrário e favorece as chuvas, o que pode mudar o cenário climatológico em 2017.
http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2016/10/
Nenhum comentário:
Postar um comentário