Realizada pelo Instituto Qualibest, a pedido da Pfizer, a pesquisa coletou dados do Brasil e comparou com as informações do Instituto Nielsen sobre outros sete países da América Latina. O resultado mostra que os brasileiros são os únicos a colocar as medidas preventivas de saúde como o elemento fundamental para se envelhecer bem. Na maioria dos demais países, tais cuidados aparecem em quarto lugar. Na Argentina, no Chile, na Colômbia, na Costa Rica, no Equador, no México e no Peru, a segurança financeira apareceu em primeiro lugar entre os aspectos considerados mais importantes para chegar à terceira idade com estabilidade.
Os resultados demonstram que o maior desejo dos brasileiros ao pensar na velhice - citado por 75% dos entrevistados - é chegar à terceira idade com saúde. Eles também consideram essencial para isso a prática de exercícios e a dieta saudável. De forma geral, os problemas de saúde aparecem como preocupação principal dos entrevistados - 77% no grupo dos brasileiros e 75% no dos outros países. Limitações físicas e dificuldades de memória são apontados como grandes temores.
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Família e solidão
E como você se imagina na velhice? Foi outro questionamento feito aos participantes da pesquisa. Os brasileiros são os que mais temem a solidão na velhice. O medo de ficar sozinho atinge 35%, em média, nos outros países analisados. No Brasil, 57%. “Há, no Brasil, uma tendência ao narcisismo, pois cultuamos muito a aparência, a juventude. Para alguns, dizer que alguém é velho pode soar até como ofensa. Então, esse medo da solidão se traduz pelo receio de não ser notado, de não ser visto pelo outro no fim da vida, quando já não se tem as características da juventude que a nossa sociedade tanto valoriza”, analisa a psiquiatra Rita Cecília Ferreira, responsável pelo Programa da Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP).
Apesar dos temores e preocupações, os brasileiros miram e desejam a longevidade. Pelo menos 35% dos brasileiros desejam chegar a faixa etária entre 68 e 95 anos. Apenas 8% dos latino-americanos esperam passar dos 100 anos. Já no Brasil, o número de pessoas que querem viver dos 96 aos 120 anos, pula para 23%.
Fonte:correiobrasiliense.com.br
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