A possibilidade de ocorrer o fenômeno climático La Niña é de 55% a 60% até o final deste ano, segundo informações da Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac). Geralmente, a La Niña provoca o efeito contrário ao El Niño: chuvas no Nordeste e estiagem no Sul e Sudeste. “Depois de cinco anos de seca, a expectativa, até agora, é de que tenhamos um inverno normal ou melhor do que o normal, o que é muito bom para o setor”, diz o presidente da Federação da Agricultura no Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra.
O El Niño é o aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical e tem esse nome porque acontece geralmente próximo ao Natal no litoral do Peru. Como consequência do El Niño, o Nordeste sofre com a estiagem e ocorrem chuvas no Sul e Sudeste.
Já o La Niña é o esfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Os dois fenômenos interferem no regime de ventos e chuvas nas regiões tropicais. “Há uma relação entre a existência dos El Niños com a La Niña. Sabemos que vários fatores podem interferir e vamos esperar para ver se esse inverno bom se concretiza”, comenta Pio Guerra.
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ÂNIMO: Mesmo sendo para o final do ano, as previsões animam os agricultores. “Para o Nordeste, chuva é sempre boa para as lavouras, rios e bacias hidrográficas. Geralmente, quando temos o La Niña chove no verão do Nordeste. Em agosto e setembro, começa a se cortar a cana-de-açúcar. É importante a chuva chegar depois para a planta voltar a germinar”, conta o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha. Geralmente, quando o El Niño é mais forte como ocorreu nesses últimos anos, a estiagem chega até a Zona da Mata e provoca quebra da safra como ocorreu na moagem anterior (2015-2016).
A falta de chuvas também trouxe outro problema ao Estado: a pouca quantidade de água nos reservatórios que abastecem as cidades do semiárido. Dentre os maiores açudes usados para o abastecimento humano, a Apac monitora 87 deles, sendo que 45 estão em colapso atualmente por causa da grande estiagem que atingiu o Agreste e Sertão de Pernambuco. (Via: PE Notícias)
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