sexta-feira, 17 de junho de 2016

AS MENTIRAS DAS GUERRAS

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Desde o início dos anos 60, a Colômbia tem estado envolvida em uma guerra “de baixa intensidade”, que envolve mais lados do que um episódio de Game Of Thrones. Grupos paramilitares de direita combatem guerrilheiros socialistas, os cartéis de tráfico de drogas lutam contra quem quer que seja que não lhes dá pilhas obscenas de dinheiro em troca de pilhas obscenas de cocaína, e o governo colombiano luta uma guerra que poderia ser comparada a pastorear gatos, se os gatos fossem capazes de usar fuzis AK-47. Não é nem preciso dizer que a população estava bem cansada dessa bagunça bem antes de o conflito atingir seu ápice. Por isso, em 2002, as autoridades, agindo sob ordens do então presidente Alvaro Uribe, pensaram em uma maneira de provar e comprovar para as pessoas que eles estavam fazendo progressos: eles ofereceram promoções, prestígio, férias e outros incentivos para os militares em troca de rebeldes mortos.
Mas, apesar de todas as vantagens, há uma dificuldade inerente em matar rebeldes fortemente armados: eles estão fortemente armados. Assim, não demorou muito para os soldados corruptos perceberem que o caminho certo para ter um período de férias sem muito esforço era atrair civis inocentes – civis principalmente pobres, desempregados e com problemas mentais – com promessas de empregos, vesti-los como rebeldes e matá-los a sangue frio para inflar a contagem de corpos do exército.
Entre 2002 e 2008, mais de 3.300 pessoas inocentes foram vítimas do escândalo “falso positivo”. Para ser justo com o governo colombiano, desde que o escândalo veio à tona em 2008, os tribunais fuçaram através de milhares de casos e condenaram os envolvidos.


Colaboração: Luiza Drubi

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas