sexta-feira, 10 de junho de 2016

AS MENTIRAS DAS GUERRAS

 
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Em 1788, o rei Gustav III da Suécia estava enfrentando uma reputação em declínio tanto entre os políticos quanto com o povo, em parte devido aos rumores sobre sua sexualidade. De acordo com a história, Gustav pediu ao amigo Adolf Fredrik Munck para “ajudar” a consumar seu casamento com Sophia Magdalena da Dinamarca – depois de nove anos de casamento. Felizmente para Gustav, tudo o que é preciso para elevar a reputação viril de um rei é uma boa e velha guerra. Infelizmente para Gustav, mesmo sendo rei, isso não concedia-lhe a autoridade para travar uma guerra ofensiva, graças a uma pequena coisa irritante chamada Constituição Sueca. Então, ele desenvolveu uma adorável encenação: ele pediu a um alfaiate da Royal Swedish Opera para costurar alguns uniformes militares russos convincentes, recrutou um grupo de soldados suecos para vestirem-se com os referidos uniformes, e, em seguida, ordenou-lhes a atacar um posto avançado sueco na Finlândia. Gustav alavancou a indignação que se seguiu ao exigir que Catarina, a Grande, da Rússia, devolvesse a Finlândia para a Suécia, Catherine respondeu declarando guerra à Suécia, e então Gustav teve sua desculpa para declarar uma guerra defensiva contra a Rússia. A guerra russo-sueca tinha começado.
Gustav previu uma vitória rápida contra uma marinha russa despreparada, mas falhou em perceber que a marinha russa já estava amplamente mobilizada devido às suas tensões crescentes com o Império Otomano. Como resultado, a guerra durou dois anos e custou dezenas de milhares de vidas antes de terminar com o Tratado de Varala. Pelo menos, essa guerra completamente inútil rendeu a Gustav o que ele queria desde o início: popularidade com o povo sueco. Bem, pelo menos na maior parte do tempo: em 16 de março de 1792, um capitão do exército sueco descontente aproximou-se de Gustav em um baile de máscaras da Royal Opera House e atirou em seu intestino com uma pistola com “duas bolas, cinco tiros e seis pregos dobrados”.


Colaboração: Luiza Drubi

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas