quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

MOMENTO DA POESIA


DOR
 
Sons difusos, confusos,
como gritos misturados,
de sentimentos vários
unificados pela dor,
ressoam no oco,
no vácuo em que se transformou minha alma.

Escorrem por paredes imaginárias
e gotejam
um após outro
curtindo a própria dor.

Como calda quente
depois de prensados,
já não há como distinguir
quanto de amargura,
desconsolo,
tristeza ou saudade infinita
dá coloração escarlate
ao líquido viscoso
em que se transformou
o grito louco.

Confusa, vazia,
minha alma busca distinguí-los
nesse poderoso som.
Custa-me crer
que ainda exista tanta força
num dilacerado coração.

Luiza Drubi
Educadora e Poetisa

Um comentário:

  1. bonita poesia, não fosse só inspiração seria muito sofrimento

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas