quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Hábito Familiar

Dos olhos ao chão
Que corra seu pranto
Feito lava descendo vulcão
Feito fogo consumindo o campo

Porque quero vê-la sofrer?
Por que és espinho, não flor
És a sombra do meu querer
És tristeza, não amor

E o que restou pra se amar?
O hábito familiar?
A ausência de todo o sentido?

Não sobrou o bastante pra mim
Mas, pra essa peça ruim
Meu papel nunca foi garantido.
Raphael da Cunha

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas