País está diante de problema de saúde pública de grandes dimensões, diz ministro
Estamos com problemão para resolver. Ele terá de ser resolvido por todos juntos: população, governos estaduais, municipais e o governo federal", disse o ministro. Este ano, a dengue bateu todos os recordes. Até a semana 45, foram contabilizados 1.534 932 casos da infecção, 7% a mais do que havia sido registrado em 2013. Neste ano, a doença provocou 811 mortes, 25% a mais do que em 2013, ano que até então havia registrado a maior marca histórica. O número de casos graves também subiu no período, alcançando 1.488 pacientes
Ao contrário do que ocorreu em outros anos, a doença não deu trégua durante os meses mais frios. Para se ter uma ideia, há cinco semanas, o número de casos da doença era de 1.485.397. Neste curto espaço de tempo também se elevou o número de casos graves.
Como não há kits de diagnóstico, o governo não dispõe de números exatos sobre o avanço do zika vírus. A doença, que quando chegou ao País era considerada uma versão "light" da dengue, hoje mostra o contrário. Além de estar associada com a microcefalia, há a suspeita de que a infecção provoque uma doença autoimune, que leva à paralisia, a Guillaim-Barré. Há registros de casos no Brasil tanto na Bahia quanto em Pernambuco. Os pacientes geralmente desenvolvem o problema semanas depois da fase aguda da infecção por zika. O tratamento exige internação e demanda um longo período até a completa reabilitação.
"Estamos diante do desconhecido", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Antonio Carlos Nardi. O secretário apresentou os resultados do Levantamento de Infestação Rápida de Aedes aegypti, uma ferramenta usada pelas autoridades sanitárias para nortear as ações de controle do vetor, concentrando esforços em regiões onde há maior número de criadouros do mosquito. De acordo com trabalho, estão em situação de alerta as capitais de Aracaju, Recife, São Luís, Rio, Cuiabá, Belém e Porto Velho. Rio Branco está em situação de risco. São Paulo, ao lado de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, João Pessoa, Boa Vista, Palmas, Teresina, Campo Grande e Curitiba, estão em situação considerada satisfatória.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO
Colaboração: Eunice Costa
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