Na última semana, os esforços para proibir os pais de submeterem seus filhos e filhas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) a “terapia de conversão” tiveram um impulso com a divulgação de um relatório do governo dos Estados Unidos que afirma que a prática é perigosa e deve ser extinta. A administração de Barack Obama apoiou uma petição em abril para proibir a prática em todo o país e este relatório do Departamento de Abuso de Substâncias e Serviços de Saúde Mental (SAMHSA, do inglês Substance Abuse and Mental Health Services Administration) dá ainda mais respaldo científico para a causa.
“Acreditamos que a terapia de conversão para os jovens não está em seu melhor interesse e os fatos e as evidências [científicas] apoiam isso”, declarou em coletiva de impresa a conselheira sênior da Casa Branca, Valerie Jarrett, segundo reporta a agência de notícias Reuters. “Gostaríamos de apoiar, e temos apoiado [esta posição], tornando a prática ilegal para os jovens”, disse aos repórteres, observando que, no caso de adultos, eles podem “tomar suas próprias decisões” quando se trata de sua saúde.
Segundo especialistas, a terapia, que visa alterar a orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero, é muitas vezes realizada por profissionais sem licença e que têm treinamento religioso, não médico. A diretora de relações governamentais da Associação Psicológica Americana, Judith Glassgold, explica que tal terapia pode desencadear depressão, ansiedade, pensamentos suicidas, ferir a autoestima e levar ao abuso de drogas e comportamentos sexuais de risco.
No Brasil, a prática foi batizada de “cura gay” e é informalmente realizada em diversas igrejas que pregam que orientações sexuais, identidades de gênero e expressões de gênero não-hetenormativas são anormalidades e uma forma de pecado.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) proíbe os profissionais da área de colaborar com eventos e serviços que ofereçam tratamento para a homossexualidade e também veda manifestações que reforcem preconceitos sociais em relação aos homossexuais.
Homofobia é preconceito e preconceito é CRIME.
Fonte: Internet
Colaboração: Luiza Drubi
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