O
biólogo Antonio Carlos Marques explica que as mortes por águas-vivas são
raras. "Há poucos casos fatais documentados. Apesar de não matarem, as águas vivas mais venenosas podem causar dores
intensas e marcas na pele, febres, enjoos e vômitos. O biólogo lembra
o surto de águas vivas no litoral catarinense no último verão, no qual
cerca de 30 mil pessoas foram queimadas, sem registros de casos graves.
A reação vai variar para cada pessoa, depende do tipo físico e de
alergias preexistentes. "Uma picada de abelha pode matar uma pessoa, mas
isso é muito raro", exemplifica Marques.
A maioria das espécies fatais são grupo cubozoa, diz o biólogo do aquário de Ubatuba Leandro Fernandes. Nele está a temida vespa-do-mar do Pacífico (Chironex fleckeri),
a mais letal entre as águas-vivas. Outras duas espécies fatais que
habitam o Indo-Pacífico, na região da Indonésia, Tailândia e Austrália
são as espécies do tipo Irukandji.
No Brasil existem duas espécies do grupo, a Tamoya haplonema e a Chiropsalmus quadrumanus, ambas altamente venenosas, mas sem mortes documentadas.
Fernandes explica que as mortes podem ocorrer não por conta da
letalidade do veneno do animal, mas pela reação do corpo, diante do
veneno. Para se defender, o corpo pode aumentar a temperatura e provocar
inflamação em determinadas áreas, como na garganta, impedindo a
passagem do ar e levando ao afogamento, se a pessoa estiver no mar, ou
mesmo uma parada cardíaca. Outra lembrança dos biólogos é a de que, em
nenhuma hipótese, a água-viva ataca os seres humanos, elas estão sempre a
deriva e se chocam com os seres humanos.
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