Nova estratégia da vacina brasileira anti-HIV será testada em macacos
Após os resultados animadores obtidos nos primeiros testes em macacos, realizados no ano passado, a vacina brasileira contra o HIV, que está sendo desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), do Incor e do Instituto Butantan, passará por uma nova fase de experimentos de imunização usando o mesmo tipo de animal.
O objetivo dos novos testes será avaliar uma nova estratégia de administração da vacina em que, em vez de ser injetado diretamente no organismo de macacos, como foi feito nos testes anteriores, o antígeno será inserido no genoma de vírus incapazes de causar infecções (atenuados), como o da vacina da varíola e adenovírus de chimpanzé, a fim de aumentar a resposta imune à vacina.
Ainda não há uma previsão, contudo, do início dos testes porque, para realizá-los, será preciso instalar uma unidade laboratorial com alto nível de biossegurança nas dependências do Instituto Butantan.
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Melhor combinação
De acordo com o pesquisador, o objetivo dos novos testes será avaliar qual a melhor combinação da vacina com os vetores virais.
Para isso, a vacina será testada combinada com os vetores virais tanto isoladamente como em conjunto.
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"Os anticorpos contra a proteína gp 140 podem recobrir o HIV e dificultar a entrada do vírus nas células", explicou.
Depois de definir a melhor formulação da vacina com vetor viral os pesquisadores brasileiros pretendem desenvolver, em colaboração com colegas do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas da França (CEA, na sigla em francês), uma outra vacina com um "desenho" muito semelhante ao que estão elaborando para combater o HIV, mas usando antígenos do vírus da imunodeficiência símia (SIV), que deu origem ao HIV.
Os pesquisadores pretendem, com isso, realizar um desafio infeccioso em que avaliarão a eficácia das duas vacinas em conter a infecção do SIV em macacos.
Fonte: bol.com.br
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