Diante do recente escândalo internacional no mundo do futebol, envolvendo seriamente nosso país, não poderíamos deixar de registrar aqui tão significativo acontecimento: a prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e de mais seis outros dirigentes de outras entidades vinculadas à FIFA.
"Trata-se de membros de países latino-americanos, como Nicarágua, Costa Rica, Venezuela, Ilhas Cayman e Uruguai, que teriam vendido seus votos para a indicação do Catar para a Copa do Mundo de 2022 e, eventualmente, da Rússia para 2018, além de outros procedimentos indecorosos.
O que poucos comentários mostraram é o rebaixamento de nosso país, ainda a oitava economia mundial, agrupando-se a algumas republiquetas da América Central. Um sério golpe na nossa imagem internacional, justamente em uma ocasião em que necessitamos reerguer nosso prestígio abalado pela séria crise que afeta o Brasil nos dias atuais.
As declarações de Romário no nosso Legislativo e da presidente da República, prometendo uma devassa no futebol do Brasil, levam a uma situação inédita e há muito tempo necessária. Espera-se uma “Operação Lava Jato” do esporte. Ela irá reavaliar as despesas extraordinárias feitas com a Copa do Mundo do ano passado e porque o campeonato disputado no Brasil foi o que rendeu até hoje os maiores dividendos à FIFA. Há neste particular muita roupa suja para ser lavada e muitos outros nomes a incluir na lista dos corruptos do esporte.
Nesta investigação, que deveria ser executada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, precisa ser incluído o Pan-americano de 2007, cujo custo final desperta suspeitas até no mais ingênuo observador.
José Maria Marin não deve ser o único a ir para o pelourinho. Existe pelo menos uma dúzia de outros gestores que se locupletaram e com culpa ainda maior. Eles, que prejudicam os recursos destinados à saúde, à segurança, à educação e às infraestruturas urbana e esportiva, não podem ficar anônimos.
O momento é agora.
Se deixarmos esta oportunidade passar, a corrupção no esporte brasileiro prosseguirá para sempre."
Fonte: Blog do Henrique Nicolini
Colaboração: Luiza Drubi
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