Esqueci de contar as estrelas
equilibrando-se no firmamento.
Esqueci de olhar as margaridas
equilibrando-se nas finas hastes
ao sabor do todos os ventos.
Não quebram nunca.
Só algumas vezes... Nem sei...
Esqueci de colher as frutas
que se equilibram nos ramos das árvores
amadurecendo sozinhas.
Amadureceram, murcharam
e caíram sobre folhas amarelecidas
esperando pelo inverno.
Esqueci o vento e seu grito rouco
equilibrando-se no peitoril da janela.
Assoviando ou chorando ?
Nem sei...
Olho, esquecida de mim,
os desenhos na calçada,
lá em baixo.
E sinto o pensamento equilibrando-se
na vertigem de um sonho louco.
A morte pode ser apenas isso: só uma vertigem
Nada mais.
Luiza Drubi
Educadora e Poetisa
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