O autismo é uma das grandes incógnitas da medicina. Mas, de acordo com um estudo recente publicado no New England Journal of Medicine, novas evidências podem ajudar médicos do mundo inteiro a entender melhor essa condição.
A pesquisa sugere que mudanças irregulares no cérebro em desenvolvimento, muito antes do nascimento, podem causar sintomas do Transtorno de Espectro Autista (TEA). Para uma equipe de médicos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, isso reforça a necessidade de identificação precoce e tratamento.
Anormalidades foram encontradas em 90% das crianças com autismo, em comparação com apenas 10% das crianças que não tinham o transtorno. Em ambos os casos, contudo, elas foram verificadas em regiões do cérebro que são responsáveis pela comunicação social e emocional e pela linguagem.
Para os pesquisadores da Universidade da Califórnia e do Instituto Allen de Ciência Cerebral, em Seattle (também nos Estados Unidos), essa natureza irregular pode explicar porque algumas crianças com autismo mostram sinais de melhoria, se tratadas precocemente. Eles acham que o cérebro infantil pode ter uma chance de se curar.
“A constatação de que esses defeitos ocorrem em partes, e não em todo o córtex, dá esperança e também uma visão mais clara sobre a natureza do autismo em si”, disse o professor Eric Courchesne, neurocientista da Universidade da Califórnia.
Para o Dr. Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, “se este novo relatório da arquitetura desorganizada do cérebro de algumas crianças com autismo for replicado, podemos concluir que isso reflete um processo que ocorre muito antes do nascimento”.
Fonte: Internet
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