De acordo com um novo estudo de colaboração internacional, o Brasil precisa de menos US$ 200 milhões por ano para conservar sua valiosa Mata Atlântica, o que representa apenas 0,01% do seu PIB anual.
A Mata Atlântica é um dos pontos de biodiversidade mais importantes e ameaçados do mundo, contendo cerca de 10.000 espécies de plantas únicas e mais espécies de aves do que toda a Europa
Em vez de continuarmos destruindo essa natureza incrível, uma equipe internacional de cientistas calculou que o Brasil poderia gastar cerca de US$ 198 milhões (R$ 442 milhões) por ano para pagar proprietários privados para o reflorestamento de terras.
Juntamente com projetos de conservação existentes, isso seria o suficiente para preservar a maioria das espécies e muitos dos benefícios que vêm do ecossistema da floresta, tais como controle de pragas e a polinização.
Para avaliar os custos gerais de uma manutenção mínima da cobertura florestal, os cientistas combinaram estimativas atuais com custos médios pagos aos proprietários particulares de terras existentes.
Os resultados revelaram que:
- Pelo menos 30% do habitat nativo precisa ser preservado para manter os atuais níveis de biodiversidade;
- Isso custaria US$ 198 milhões por ano durante os três primeiros anos para reflorestar terra suficiente;
- Isto é o equivalente a 0,0092% do PIB anual do Brasil, um número que se reduziria a 0,0026% quando os custos de restauração ativos não fossem mais necessários. Já existem alguns programas no Brasil que pagam proprietários de terras privadas para conservação da floresta, preservação de espécies e manutenção de ecossistemas saudáveis, mas essas são iniciativas locais que têm pouco impacto na melhoria das condições da floresta como um todo. Uma das principais autoras do estudo, Cristina Banks-Leite, do Departamento de Ciências Biológicas do Imperial College London (Reino Unido), disse: “Nosso estudo mostra que seria relativamente barato garantir o futuro da floresta e proteger suas plantas, pássaros e outros animais. Precisamos começar a implementar esse tipo de regime agora [pagamento aos donos de terras para conservação], antes que seja tarde demais".
Colaboração: Luiza Drubi
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