quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O LIMITE DA MALDADE INFANTIL


Pais devem observar de perto as crianças com comportamento problemático e consistentemente agressivo

Na vida real as crianças que cometem maldades difíceis de encarar também existem, como mostra o caso do assassinato brutal do menino inglês James Bugler, em 1993, quando ele tinha três anos. Além da vítima ser uma criança pequena, o crime chocou pois foi cometido por outras duas também crianças, Jon Venables e Robert Thompson, ambos com dez anos.
A pergunta que fica para quem assiste a esses filmes ou se depara com casos como o de James na televisão é uma só: será possível uma criança ser genuinamente má? A resposta também é apenas uma: sim, é possível.
É preciso, no entanto, distinguir uma maldade infantil natural, típica da idade, de um sério distúrbio que pode resultar em um comportamento psicopata. Mas detectar esse distúrbio é delicado e os pais devem levar em consideração diversos fatores.
“Se juntarmos repetição de um comportamento agressivo ou maldoso sem motivo aparente; generalizado, ou seja, a criança não é agressiva apenas na escola ou em casa; ausência de arrependimento e culpa; falta de afetividade; dificuldade de lidar com frustrações e total falta de empatia com o sofrimento alheio, temos fortes indicativos de que tem algo errado com a criança”, enumera Ana Beatriz Barbosa Silva, médica psiquiatra e autora de “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado” (Editora Objetiva).
Afeto
A falta de afetividade na infância é um dos indicativos mais preocupantes. As crianças tendem a ser naturalmente encantadas com seus pais. Já para quem tem transtorno de conduta isso não vem de forma tão natural. Na verdade, o afeto gratuito – ou seja, sem que a criança ganhe algo em troca, como um brinquedo ou um doce – é praticamente inexistente.
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Aos pais que tentam conter uma perversidade excessiva de seus filhos resta lembrar que ninguém vai conseguir ensiná-los a amar. O que se pode fazer é moldá-los de tal forma que tenham medo de desrespeitar as regras da convivência em sociedade. Ana Beatriz esclarece que a perversidade não é apenas matar, e sim não ter empatia. “Estima-se que 4% da população mundial sofra com esse transtorno, sendo 3% leves e moderados que não matam ninguém. Inclusive eles podem ser até bem sucedidos em diversas áreas de sua vida”.
Fonte: ig.com.br
Colaboração: Eunice Costa

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