segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

ECONOMIA POLITICA

Economia brasileira em 2013

Este ano não resisti e resolvi arriscar uma lista com o que considero que tivemos de pior e melhor na economia brasileira em 2013.  
 Vou começar pelas boas.
 O ano de 2013 foi marcado mais pelos erros do que pelos acertos na condução da política econômica. 
- O pacote de leilões de concessões de rodovias e aeroportos demorou para deslanchar. Finalmente aeroportos importantes e bons trechos rodoviários do país, em estado bastante precário, irão ganhar eficiência e dar melhor atendimento aos usuários.
- Na mesma linha das concessões, a venda da exploração do primeiro campo de pré-sal abriu a porteira para um período de investimentos gigantescos numa área que pode trazer muitos benefícios ao país.
- As manifestações populares, naquela primeira onda de junho, tiveram um lado construtivo. Depois de passar anos recebendo as benesses do governo para consumir, milhares de brasileiros se deram conta de que saúde, educação e transportes de qualidade não podem ser substituídos por carros e eletrodomésticos novos.
- A taxa de investimento voltou a crescer, deve fechar com alta acima de 6%, depois de amargar um 2012 negativo.
- O desemprego alcançou taxas nunca sonhadas para o Brasil, chegou a ficar abaixo de 5% em 2013. Apesar de estar tão baixo, o nível de desemprego revelou queda da produtividade do trabalhador brasileiro.
Agora as piores.
- Inflação! Pelo quarto ano consecutivo, o IPCA (índice oficial) vai ficar acima e longe da meta de 4,5%. E só será possível fechar 2013 com índice abaixo de 2012 porque o governo amarrou e segurou reajustes das tarifas públicas até o limite da irresponsabilidade. Para mim aqui está o maior destaque de 2013 – Não estávamos preparados para ter taxas de juros mais civilizadas. 
- As contas públicas, ah…as contas públicas. Gastos crescendo mais do que as receitas, subsídios ao crédito e à redução forçada da conta de luz, redução de impostos para estimular o consumo, levaram a política fiscal brasileira para uma zona de risco que há muito não acontecia. 
- A Petrobrás perdeu o posto de maior empresa da América Latina. Ela perdeu 40% de seu valor durante o ano. 
- A derrocada do empresário Eike Batista foi um baque para o mundo dos negócios aqui e lá fora. As perdas causadas a pequenos, médios e grandes investidores que acreditaram no empresário podem levar anos para serem recuperadas e olhe lá.
- A confiança esvaiu-se. Empresários, investidores, comerciantes, consumidores, foram todos contaminados por uma desconfiança sobre os rumos da economia do país. Como é que estão conseguindo errar tanto? Será que vão conseguir acertar novamente?
Minha escolha foi subjetiva, baseada na observação diária do que se passa em nosso país. Ao elencar os pontos ruins, acabo por fazer deles, também, uma lista de desafios para 2014.

Thaís Herédia (Jornalista com experiência na cobertura de economia e política em Brasília.) 

Colaboração: Luiza Drubi


Um comentário:

  1. Parece que vivemos momentos de dificuldades.
    Até as medidas tomadas que poderiam ajudar são feitas na hora errada
    Só nos resta continuar aguardando

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