"Poupadores não foram prejudicados", diz ex-ministro sobre planos econômicos
Marcílio Marques Moreira, ministro da Fazenda no governo Collor, defende que a correção da poupança não é merecida porque os bancos agiram "dentro da lei"
Aqueles que entraram na Justiça para questionar os planos econômicos nos anos de 1980 e 1990 por perdas na poupança não merecem ser recompensados, defendeu o ex-ministro da Fazenda na época do governo Collor (1991/1992), Marcílio Marques Moreira, em entrevista ao iG .
“Os poupadores não foram prejudicados. Reabrir esse assunto depois de 25 anos é algo realmente traumático”, disse Moreira, para quem uma possível vitória dos correntistas ameaça desconstruir a história da política econômica no Brasil.
Moreira ficou conhecido como o “ministro sem planos”, num período em que sucessivas tentativas de controlar a hiperinflação corrigiram o valor da poupança de milhões de brasileiros entre 1987 e 1991.
Após uma longa batalha na Justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na quarta-feira (27) se os bancos terão de ressarcir os poupadores com um novo índice de reajuste dos planos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2, se entender que a recompensa é constitucional.
A decisão vai definir o futuro de cerca de 1 milhão de ações individuais e mil ações coletivas. Do outro lado da disputa, o Banco Central (BC) e o Ministério da Fazenda correm para adiar o julgamento, alegando que uma decisão favorável aos correntistas levaria a uma catástrofe econômica.
Eles calculam que os bancos podem perder entre R$ 105 e R$ 180 bilhões se o Supremo decidir contra os planos econômicos. O procurador-geral do BC, Isaac Ferreira, chegou a afirmar na sexta-feira (22) que a decisão provocaria uma retração na oferta de crédito em torno de R$ 1 trilhão.
Colaboração: Eunice Costa
suas noticias são muito oportunas e práticas
ResponderExcluirParabéns
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