Como a Google, as principais operadoras do mundo não estão preocupadas com a localização geográfica de seus data centers, centros de armazenamento de dados que tentam dar segurança aos usuários contra vazamentos e ataques cibernéticos.
Não importa que as informações de um usuário brasileiro estejam armazenadas no Chile, nos Estados Unidos ou na Finlândia, mas que estejam em segurança.
O Brasil quer fazer exatamente o contrário: forçar as empresas a manter no país os dados produzidos pelos usuários locais. É uma medida sem precedentes em nações democráticas e só pode ser entendida como uma tentativa demagógica de dar uma "resposta" aos EUA.
O projeto Marco Civil, em tramitação no Congresso, é inócuo e em outros aspectos pode ter consequências, todas negativas: O Brasil correrá o risco de afugentar empresas interessadas em fazer negócios aqui, dado o aumento no custo das operações, e os serviços na internet podem ficar mais caros, pois os prejuízos seriam passados aos consumidores.
O Projeto Marco Civil, arrisca limitar o acesso dos brasileiros a serviços de empresas americanas e de outros países.
Sobre a obrigatoriedade dos data centers locais, o PT está isolado. Nem mesmo seu principal aliado espera que Google, Facebook e afins abram mão de eficiência e custo para manter dados de usuários aqui.
Nessa semana um novo texto deve ser apresentado e. finalmente, votado. Enquanto Planalto, Congresso e partidos batem a cabeça, o maior prejudicado é o usuário brasileiro. Em um mundo digital e sem fronteiras, o Brasil não pode almejar ser uma ilha.
Trechos do artigo O MUNDO NÃO É UMA ILHA - REVISTA VEJA
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