quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MOMENTO DA POESIA


Senhor do tempo
Desculpe-me Senhor do tempo
se me recuso a acompanhá-lo,
suas pernas são longas
longo seu silencioso caminhar
 
Frias são suas noites eternas,
seu beijo rijo e invernal
Quero luz, calor e estrelas
doce aconchego para me aninhar

Meus passos se fazem lentos
esperando as flores desabrocharem,
acompanhando o voo incerto
de borboletas recém-libertas

Sei que o amanhã irá consigo
mas seguirei olhando o firmamento,
ouvindo o marulhar das ondas,
sonhando com o  que virá

Ainda quero primaveras,
caminhar de mãos dadas ao luar
e ouvir o amor sussurrando
promessas de felicidade eterna

Quando passar pela última estação
volte rápido para me buscar,
carregue-me em seus braços
e cante-me uma canção de ninar.

Luiza Drubi
Educadora e Poetisa

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas