Senhor do tempo
Desculpe-me Senhor do tempo
se me recuso a acompanhá-lo,
suas pernas são longas
longo seu silencioso caminhar
Frias são suas noites eternas,
seu beijo rijo e invernal
Quero luz, calor e estrelas
doce aconchego para me aninhar
Meus passos se fazem lentos
esperando as flores desabrocharem,
acompanhando o voo incerto
de borboletas recém-libertas
Sei que o amanhã irá consigo
mas seguirei olhando o firmamento,
ouvindo o marulhar das ondas,
sonhando com o que virá
Ainda quero primaveras,
caminhar de mãos dadas ao luar
e ouvir o amor sussurrando
promessas de felicidade eterna
Quando passar pela última estação
volte rápido para me buscar,
carregue-me em seus braços
e cante-me uma canção de ninar.
Luiza Drubi
Educadora e Poetisa
Nenhum comentário:
Postar um comentário