O Negócio da China
A China vem ampliando na última década sua presença no Brasil nos mais diversos setores e, deve aumentar suas apostas agora, após o leilão do Campo de Libra, na Bacia de Santos, o que de fato ocorreu.
Petróleo é assunto de Estado para os chineses, uma vez que o país depende da importação da matéria prima para atender à gigantesca demanda gerada pela segunda potência econômica do planeta. Com uma produção interna de quatro milhões de barris por dia, o país importa 6,4 milhôes de barris diários para movimentar sua economia. E a parceria com o Brasil, que produz 2,2 milhões diariamente, é peça-chave nas estratégias chinesas. Com o Campo de Libra, mais 1,4 milhões barris serão adicionados à produção nacional, um incremento de 65%. Isso explica porque a participação de três estatais chinesas no leilão, a CNOOC International, a Petrochina e a Sinopec, que se associou à espanhola Repsol, foi vista como natural.
Entre 2004 e o primeiro semestre de 2012 anunciou 121 projetos em território brasileiro- de fábrica de celulose à indústria de máquina, passando pela compra de empresas agrícolas. Juntos esses anúncios somam mais de US$ 25 bilhões em capital produtivo.
O setor energético, portanto, é, de fato, o baú do tesouro.
Só não temos o capital que uma empreitada dessas exige, mas os chineses tem. Trata-se, portanto, de um casamento promissor, cuja lua de mel pode começar agora.
Fonte: Revista Isto é Dinheiro
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