O sociólogo Fernando Henrique Cardoso, de 82 anos (não aparentes), tomou posse nessa terça-feira (10/09), na Academia Brasileira de Letras, na cadeira 36, que foi do jornalista João de Scantimburgo. FHC é o terceiro ex-presidente a entrar para a ABL; os anteriores foram Getúlio Vargas e José Sarney. Nenhum dos dois apareceu: o primeiro, por razões óbvias; o segundo porque esteve doente recentemente, atacado pelo mosquito da dengue.
A ABL viveu uma das noites mais animadas dos últimos tempos, com plateia lotada, discurso atual e inteligente e todo mundo bem atento. A certa altura, Fernando Henrique fez referências às manifestações: “Como no passado dos oráculos, a história nos pregou uma peça: ‘decifra-me ou te devoro!’. É o enigma que as ruas – sem o proclamar, deixam entredito sobre a democracia. Cabe a todos nós, que prezamos a liberdade, passarmos à ação, para tecer os fios institucionais pelos quais possam fluir os anseios de liberdade, dignidade, participação e maior igualdade dos que clamam nas ruas”.
O novo imortal é um homem de grande currículo: autor e coautor de 23 livros e mais de 100 artigos acadêmicos; foi senador por São Paulo e ministro das Relações Exteriores e da Fazenda, além de Presidente da República por dois mandatos consecutivos (de 1995 a 1998 – de 1999 a 2002). É ainda membro do The Elders, grupo de dez líderes globais criado por Nelson Mandela, que luta pela paz e pelos direitos humanos.
FHC recebeu elogios de Ana Maria Machado, presidente da ABL, de Nélida Piñon, de Ivo Pitanguy - todos felizes e animados com o novo colega de fardão. Entre as convidadas, as mais felizes eram as netas gêmeas, Joana e Helena, filhas de Paulo Henrique Cardoso e Ana Lucia Magalhães Pinto, do primeiro casamento. A namorada, Patrícia Kundrat, esteve discreta, como de costume.
Um convidado da área médica afirmava (nas internas): “Esse daria gosto a Machado de Assis” – fundador da ABL, como sabido. O que a criatura queria dizer com isso? Depois de três ou quatro tacinhas, fala-se de tudo, não é?
As presenças eram variadas: dos políticos Aécio Neves e José Serra (ambos, unha e cutícula com Fernando Henrique) a Gilberto Gil; de Lilibeth Monteiro de Carvalho (muito amiga da família) a Bebel e Paulo Niemeyer. Eram muitos…
Ig.com.br/Lu Lacerda
Colaboração: Eunice Costa
Homem de grande currículo, pena que não os colocou em prática enquanto Presidente da República. Foi responsável pelo maior programa de doação de empresas públicas da história do Brasil. Não consegue explicar o envolvimento de tucanos no maior escândalo de corrupção em São Paulo envolvendo seu partido, PSDB.
ResponderExcluirPaulo Vicente Feitosa.
Vitória - ES