quinta-feira, 4 de abril de 2013

MOMENTO DA POESIA

ENTRE A BRISA E O LUAR
 
Se tem brisa
Correndo entre as montanhas
Escondendo-se entre as palhas dos coqueiros
Brincando com o vento ao entardecer,
Deixo que se dissolva no caminho 
Ela é feliz e não tem pressa de chegar
 
Se tem luar
Espalhando-se pelo espaço em silêncio
Inundando os vales e prados de langor
Num convite insinuante à madrugada adormecida,
Inebrio-me com a suavidade de suas carícias
E as canções que espalha pelo ar
 
Se tem aurora
Abrindo os braços para o amanhecer
Espreguiçando-se entre os lençóis do infinito
Entregando-se ao sol de um novo dia,
Abro os olhos e desperto minha alma
Para ver no horizonte a alegria a sorrir 
 
Se corre o dia
Tão célere quanto meu pensamento
Contando entre as dobras das horas
O tempo que o tempo passa fugindo,
Acompanho seus passos apressados
Fingindo que o estou seguindo
  
E entre a tarde e a noite 
Na penumbra dos meus devaneios  
Vou brincar com a brisa que corre
Inundar minha alma  de luar
Abrir meu coração para o amanhecer
E despertar para o novo dia
 
Vou deitar meus sonhos
No veludo do entardecer
Segredar ilusões ao meu coração
E guardar meu amor num cantinho
Antes que a madrugada saia de mansinho
Para encontrar o dia no amanhecer  
 
Luiza Drubi
Educadora e Poetisa
  
 
 

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas