Bruxa ou Deusa?
Clarissa Porciuncula
Homens, em geral, dizem que mulheres são complicadas. Que se tornam monstros na TPM e entram em surto psicótico. Algumas se sentem desconfortáveis ao ouvir isso, outras já assimilaram e são assumidas e outras ainda nem dão atenção.
Crescemos, engravidamos, envelhecemos e, mesmo quando cessa o sangue, os hormônios parecem ter vida própria e continuam a fazer como fizeram durante toda a nossa vida, uma festa dentro de nós todas as vezes que a lua muda, o tempo vira ou a maré sobe. Depois deixam a casa bagunçada, um pouco de ressaca e aí começam tudo de novo.
Exageros à parte, mulheres são assim e não há alternativas.
Entre deusas e bruxas a história das civilizações está repleta de símbolos e arquétipos que em um momento dignificam, enaltecem e libertam a mulher como as deusas da fertilidade, do amor, da proteção e em outro a condenam, humilham, reprimem como as bruxas sedutoras, mentirosas e demoníacas.
Mas, afinal, somos assim tão demoníacas, estranhas, malucas? Não acho. Recebi uma frase no facebook que achei divertidíssima e a transcrevo aqui sem ainda ter descoberto a autoria e, se alguém souber, agradeço a informação.
“Mulheres são anjos…E quando alguém quebra suas asas, elas continuam a voar…de vassouras! Porque são FLEX.”
De certa forma, ela define muito bem essa flexibilidade da mulher diante das situações. Na verdade, vem no nosso pacote de fábrica. A flexibilidade emocional, a empatia, a percepção e a sensibilidade puramente femininas. A capacidade de trabalhar, cuidar de filhos, família, casa, companheiros. Não quer dizer que não nos estressemos, mas, sem dúvida, boa parte de nós dá conta do conjunto.
Colaboração: Luiza Drubi
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