Estudiosos britânicos
já consideram o sedentarismo uma pandemia
O
ser humano tem tendência à inércia e, com as facilidades do mundo atual como
carro, controle remoto, computador, smartphones, a verdade é que as pessoas têm
se mexido cada vez menos
Ninguém
duvida que o sedentarismo traz prejuízos para a saúde, e isso a curto, médio e
longo prazos. Pesquisas surgem a todo o momento comprovando o fato. A mais
recente, publicada na revista médica britânica Lancet, estima que a falta
de exercícios vem causando tantas mortes quanto o
tabagismo.
Segundo
os médicos, temos que combater o sedentarismo por uma questão de saúde, e não
apenas estética. “A pessoa que não se movimenta acaba sujeita a lesões de toda a
ordem: no sistema locomotor, atingindo músculos, ossos e cartilagens; na parte
clínica, provocando doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol alto e outros
distúrbios.
A
saúde reclama
Hipertensão
arterial, diabetes, aumento das taxas de colesterol e triglicérides, infarto do
miocárdio, males respiratórios, osteoporose, ansiedade, obesidade e morte
súbita: eis alguns dos distúrbios que podem acometer quem cultiva a inércia
total.
“Isso
sem falar que a pessoa tende a sentir mais dores musculares e articulares, como
cervicalgia e lombalgia, se cansa facilmente ao caminhar um quarteirão ou subir
um lance de escada, pena para carregar uma sacola ou bolsa mais pesada”,
completa Taina, que atribui o agravamento da tendência ao estilo de vida
eletrônico moderno, em que todos estão conectados e com seus controles remotos e
aparelhos ao alcance da mão.
Mas, afinal, o que classificaria alguém como sedentário? Simplesmente a falta ou a insuficiência de atividades físicas no dia a dia. Muitas ações cotidianas são válidas para que o indivíduo se livre dessa pecha, como andar até o banco, subir escadas, limpar a casa.
Mas, afinal, o que classificaria alguém como sedentário? Simplesmente a falta ou a insuficiência de atividades físicas no dia a dia. Muitas ações cotidianas são válidas para que o indivíduo se livre dessa pecha, como andar até o banco, subir escadas, limpar a casa.
O
importante é ser ativo, ter iniciativa, não incorporar o espírito ocioso e
indolente”, diz a professora da Competition.
Tem que ser regular
Tem que ser regular
E
nem é preciso se esfalfar horas a fio, de segunda a segunda, para ganhar o
título de indivíduo ativo. Basta mexer o corpo 30 minutos, de três a quatro
vezes por semana, de forma contínua ou acumulada. Quer dizer, se você anda a pé
15 minutos de manhã e, no fim do dia, faz outra ação intensa também por 15
minutos – como limpar a casa afastando móveis, esfregando azulejo e piso e
limpando vidros –, está de bom tamanho. Mas é imprescindível ter regularidade.
“Quem faz ginástica esporadicamente, tipo uma vez por semana, é considerado
sedentário”, adverte Vivian.
Para virar o jogo e começar de fato, a modalidade mais recomendada é a caminhada. “Depois, é possível passar para a corrida – e, neste caso, vale também fazer musculação, para garantir força muscular”, indica a personal trainer.
Para virar o jogo e começar de fato, a modalidade mais recomendada é a caminhada. “Depois, é possível passar para a corrida – e, neste caso, vale também fazer musculação, para garantir força muscular”, indica a personal trainer.
“Pedalar,
nadar, dançar, jogar bola, o importante é investir no que gosta”, diz Taina
Bartolo, enfatizando que a prática deve ser vista como hábito, e não obrigação.
“Da mesma forma que você acorda e escova os dentes, almoça diariamente, toma
banho, trabalha – o exercício precisa ser incorporado dessa maneira. Não importa
como, mas mexa-se. Dê o primeiro passo, depois ficará muito mais fácil.”
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