segunda-feira, 16 de julho de 2012

MOMENTO DA POESIA

Oferece-me uma violeta


Oferece-me um beijo, ainda que breve
Faz-me sentir viva, apenas nessa hora
Toca devagar minha alma
Tatuada pelas cicatrizes dos anos

Oferece-me um sonho, ainda que impossível
Não um sonho perfeito, concluído
Constroi-o
Dá-lhe cor, todas as cores das flores silvestres

Oferece-me um abrigo, no final deste inverno
Seus braços em concha
Suas mãos em carícias
Seu olhar como labaredas a aquecer
Meu corpo gelado...
Para acalmar as saudades
Do beijo
Do sonho
Das mãos
Do amor...

E no silêncio dolorido destas saudades, tantas
Desperto os desejos adormecidos
E na poesia, o sonho faz seu ninho
E no meio das violetas, o poema acontece
E as ilusões... adormecem
 
Oferece-me uma violeta, apenas

Luiza

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas