sexta-feira, 4 de maio de 2012

MOMENTO DE POESIA

Círculo de giz
Sou prisioneira de um círculo
De giz traçado ao redor de mim
Círculando lentamente
Miragens ocultas na mente

Sou dona e senhora dos sonhos
No meu mundo de ilusões
Que haja travas
Que se faça o caos

A hora é esta de explodir estrelas
 
Aquela nuvem que passa
Silenciosa no azul
Faz parte do grande pool
Dos cogumelos mortais ?

Misturem-se as cruzes e inscrições
Subam nos mais altos montes
Os arautos da luz derradeira
Gritando na alvorada dos mundos

A hora é esta. A vida morreu.

Neste fragmento de círculo
Giro tecendo indecisamente
Com fios seculares
A igualdade inócua na paisagem fria
 
Devoro os gritos de máguas profundas
De mundos que nascem
De gigantesca farsa
Do homem-idólatra de inconcebíveis deuses

Nunca parti. Nunca chegarei.

Prisioneira neste círculo de giz
Caminho para lugar nenhum
Inconscientemente levada pelos mistérios
Da solene mutação comum

Que não acabam nunca. E começaram a pouco. 

 Luiza

Um comentário:

  1. Muito bonito. Parabéns Luiza por abrilhantar o nosso blog com essas poesias que nos deixa leves.

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas