sexta-feira, 6 de abril de 2012

MOMENTO DE POESIA

Silêncio oculto
 
Vejo as margaridas voando, silenciosas, como pequenas libelulas sopradas por Netuno, numa noite de furia.
Vejo as cores esgueirando-se do caleidoscópio das auroras, precipitando-se como arco-iris na textura das primaveras matinais.
Vejo as nuvens brancas desfilarem livres pelas montanhas douradas, como velas enfunadas...
Quão silenciosas são....
Quão silencioso é meu coração....
Não soluça, mas canta baixinho a canção do desconsolo.
Quão dificil será encontrar o caminho do retorno se enovela-se sempre mais....
Quão difícil será revisar as páginas da dor, soltas, que se vão com as margaridas...
Não haverá nova leitura nem será feita nova pontuação.
Simplesmente tecem e destecem as tramas que padecem no silêncio.
Ensina-me...
Revela-me... ó vida, o oculto significado do silêncio.
 
Luiza

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas