DIA DO POETA
O Mar
O avesso de Augusto dos Anjos
O mar é alegre sob qualquer critério;
Cada cor abrandada revela a doçura,
Da coberta de espuma sua brancura
Até pontuais marés e seu gesto sério.
Ah! dirão, e a profundeza de mistério,
Cujo fundo se encontra àquela lonjura
De amplidão imensurável e tão escura
Do tamanho de um inteiro hemisfério?
Quando à mente tais questões tragas,
Pense na água, não apenas nas fragas,
De modo que qualquer dúvida se esvai.
Refletindo a luz do avermelhado poente
O poeta transcende pelo que vê e sente,
Então chora quando a sua ficha lhe cai.
O avesso de Augusto dos Anjos
O mar é alegre sob qualquer critério;
Cada cor abrandada revela a doçura,
Da coberta de espuma sua brancura
Até pontuais marés e seu gesto sério.
Ah! dirão, e a profundeza de mistério,
Cujo fundo se encontra àquela lonjura
De amplidão imensurável e tão escura
Do tamanho de um inteiro hemisfério?
Quando à mente tais questões tragas,
Pense na água, não apenas nas fragas,
De modo que qualquer dúvida se esvai.
Refletindo a luz do avermelhado poente
O poeta transcende pelo que vê e sente,
Então chora quando a sua ficha lhe cai.
Jair Lopes
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