domingo, 2 de julho de 2017

INSPIRAÇÃO

Soneto dos olhos claros


Olhos de maré em dia de chuva
perscrutam minha alma devedora
(senhora de decisões amadoras),
Levados por uma corrente em curva.
                                       
Se minh’alma não parecesse turva
(Cercada de auras comprometedoras)
Como as luzes, fosse esclarecedora
Clara aos olhos, útil à mão, como a luva

Saberiam o que penso, o que faço
Na turbidez, segura, me disfarço
Para não ficar desnudo ao relento

Na segurança e na desfaçatez
Sigo tentando entender de uma vez
Porque esse poder me serve de alento

Jan Câmara
30JUN2017

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas