SUBPROLETÁRIO
Enquanto uns poucos tinham quase tudo,
Quase todos tinham quase nada.
Mas todos n'essa terra desolada
Muito sós... Do miúdo ao mais graúdo!
Muita miséria aqui o sobretudo
Esconde-me jornada após jornada...
Em meio os que na rua têm morada,
Vejo um povo fechado e carrancudo.
A vista da cidade era d'extremos:
A carência e a opulência desmedidas
N'um diário espetáculo vividas.
É tudo para todos que queremos.
A riqueza se faz do que não temos
E, ao fim, se faz de nossas próprias vidas.
São Paulo - 17 06 2017
Ricardoc Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário