sexta-feira, 31 de março de 2017

INSPIRAÇÃO

O PARDAL
 
Expele o caule u’a densa exsudação,
Qual cera aglutinada, pegajosa,
Do velho cajueiro que, ao chão,
Derrama a sua sombra bem frondosa!

Seus frutos, os cajus, pego com a mão;
São doces, de uma cor vermelho-rosa,
Macios, de essência perfumosa;
Tem forma de um lindo coração!

Ainda muito cedo, no quintal,
Ao ver o Sol surgir, tão natural,
Subindo pelos Céus, nos seus azuis,

Eu colho estes meus frutos e um pardal,
Gorjeia, ali, sozinho no beiral,
Parece até cantar para Jesus!...

Aarão Filho

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas