Energia eólica já abastece mais de 30% do Nordeste
Parques instalados na região de Amontada, na costa oeste do Ceará, estão entre os mais eficientes do planeta
O vento forte que não para de soprar fez da pequena Icaraí de Amontada, na costa oeste do Ceará, uma ilha de usinas eólicas.
Elas geram energia elétrica usando a força dos ventos. Ali, para qualquer lado que se olhe, modernas e gigantescas torres de quase 150 metros de altura - do tamanho de um prédio de 42 andares - destoam do cenário rústico da antiga vila de pescadores, com suas dunas, praias e lagoas.
Reduto de atletas estrangeiros praticantes de kitesurf e windsurf, a comunidade, de 2,4 mil habitantes, entrou para a lista dos melhores ventos do Brasil e ajudou a elevar a participação da energia eólica para mais de 30% do consumo do Nordeste.
Os parques instalados na região de Amontada estão entre os mais eficientes do planeta.
Enquanto no mundo, as usinas eólicas produzem, em média, 25% da capacidade anual, no Complexo de Icaraí esse porcentual é mais que o dobro. As 31 torres que compõem o parque produzem 56% da capacidade anual.
Para ter ideia do que isso significa, nos Estados Unidos, esse indicador é de 32,1%. Na Alemanha, uma das maiores potências eólicas do mundo, de 18,5%. "O vento no Nordeste é muito diferenciado", afirma Luciano Freire, diretor de engenharia da Queiroz Galvão Energia, dona do complexo eólico de Icaraí.
É por causa da qualidade desse vento - forte e constante - que o Nordeste despontou como uma das maiores fronteiras eólica do mundo. Hoje, os parques em operação na região são responsáveis pelo abastecimento de boa parte da população local de 56 milhões de pessoas.
Fonte: Diário do Comércio
Colaboração: Eunice Costa
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