Verão aumenta surgimento de aranhas, lacraias e escorpiões
Sobreviver a estação mais quente do ano exige cuidados, um desses é com o aumento, no ambiente urbano, de animais peçonhentos, aqueles que produzem veneno e podem injetá-lo na sua presa. As altas temperaturas e chuvas, durante o verão, favorecem o processo reprodutivo de insetos e aracnídeos, com isso é maior a incidência de escorpiões, aranhas e lacraias em casas e condomínios.
A presença desses animais, que são espécies endêmicas de outras regiões como a caatinga, está associada à espaços com árvores e vegetação rasteira, combinados a resíduos. O biólogo da Lar Clean, empresa especializada em controle de pragas urbanas, Marcelo Grilletto, afirma que boas práticas de jardinagem evitam ocorrências mais graves.
"Alguns animais peçonhentos são fotossensíveis, ou seja, tem alta sensibilidade à luz, esse é o caso do escorpião. Por isso, é indicado ter cuidado com paredes porosas, troncos ocos, frestas e ralos que podem servir de esconderijo. Manter o jardim limpo é indispensável", explica.
O vilão neste período é mesmo o escorpião. Nos primeiros 20 dias de janeiro, foram registrados sete atendimentos por picada de escorpião em Salvador, segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). No interior do estado, os registros são mais graves, há uma semana uma criança de nove meses morreu, na cidade de Eunápolis, após ser picada enquanto dormia. O caminho para evitá-lo é eliminar o seu principal alimento, no espaço urbano: as baratas.
"O acúmulo de lixo orgânico e recipientes servem de abrigos. Depois da temperatura, esse é o maior fator que favorece a reprodução, já que além do refúgio, eles encontram insetos que servem como alimento", afirma a coordenadora do CCZ, Jerusa Morais.
Ações preventivas
Barreiras químicas, como a desinsetização são indicadas também como prevenção. A sugestão é que o processo seja feito a cada seis meses. Mas, esse não deve ser o único método aplicado. A limpeza das caixas de gordura e esgoto fazem parte das ações, que combinadas, podem evitar acidentes com aranhas e insetos.
Porém, esse conjunto de ações podem custar caro. O serviço de dedetização em um edifício com 20 mil metros quadrados custa em média R$ 3.500. No entanto, o síndico profissional Herculano Fernandes garante que o uso de produtos químicos é essencial.
"A manutenção do jardim e a dedetização fazem parte dos nosso calendário. Evitar a presença de insetos é algo que requer cuidado frequente", conta o síndico.
Fonte: A Tarde
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