Os iluministas negavam os valores medievais, eles julgavam o período anterior como a sua antítese. Com o Iluminismo, uma nova era de desenvolvimento teria início. Apostavam no poder da razão contra o obscurantismo religioso e no resgate da república, que suplantaria o regime monárquico.
Segundo o historiador Faramerz Dabhoiwala, a mudança que o iluminismo propiciou extrapolou o debate político e a disputa entre fé e razão. Esses conceitos alteraram noções sobre verdade, natureza e moralidade em quase toda a população ocidental.
"A revolução sexual demonstra como os modos de pensar iluministas se propagaram de maneira vasta e veloz, e quais efeitos importantes eles surtiram nas atitudes e comportamentos populares", escreve Dabhoiwala em "As Origens do Sexo".
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As ciências exatas e biológicas são diferentes das humanas. A representação da realidade de sociólogos, filósofos, pedagogos e psicanalistas não podem ser colocadas em microscópios ou simuladas por equações. De científico mesmo, as humanidades só carregam o nome. O positivismo procurou aplicar o rigor das ciências em todas as áreas do conhecimento. A tentativa virou galhofa.
Apesar de a argumentação ter força na visão de mundo defendida pelas ciências humanas, muitas de suas premissas são representações de uma realidade preferível para quem as defendem. Ou seja, crença. É mais agradável acreditar que somos livres do que biologicamente determinados, pois as consequências de pensamentos deste gênero se mostraram errôneas e historicamente desastrosas. O pensamento hegemônico das ciências humanas alega que nascemos "vazios - tábula raza - e somos preenchidos com a cultura.
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Por mais de 70 anos, circularam boatos sobre o relacionamento amoroso entre Sigmund Freud e Minna Bernays, sua cunhada. A fonte mais confiável do caso era Carl G. Jung, que, em 1957, declarou que Bernays havia lhe confidenciado o romance.
Ainda assim, devido ao ranço da relação entre o pai da psicanálise e o seu ex-discípulo, poucos deram o devido crédito. Apenas em 1989, quando o biógrafo Peter Gay teve acesso às cartas pessoais de Freud, o mistério começou a ser desvendado.
Em 1972, Anna Freud, filha mais nova do mestre de Viena, doou à Biblioteca do Congresso, nos EUA, cartas pessoais que não deveriam ser abertas à exposição pública. As missivas, numeradas em ordem cronológica, apresentavam um hiato entre 1885 e 1900, período no qual o relacionamento extraconjugal teria ocorrido.
Fugindo da ocupação nazista em Viena, a família se mudou para Londres em 1938. Freud morreu de câncer na garganta um ano depois. Com a morte, Bernays permaneceu reclusa em seu quarto. Viveu assim por mais alguns meses, até morrer devido a uma insuficiência cardíaca.
No ambiente de estudos sobre a mente humana, Freud se mostra um homem repleto de teorias sobre a sexualidade, mas infeliz no casamento.
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Fonte: Folha de São Paulo
Colaboração: Luiza Drubi
Difícil encontrar um blog de serviço com temas culturais. Muito bom!
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