sexta-feira, 22 de junho de 2012

MOMENTO DE POESIA

Sem cajado e sem ovelhas segue o pastor, tangendo suas ilisões e desencantos...
Nem sempre num verde pasto
Talvez mais azul que verde; mais montanhas que nuvens...quem sabe ?
Quem sabe buscando, na peregrinação, a exata dimensão da vida.
Avalia, enquanto flutua nos próprios pensamentos, a saga de destruição herdada
Auto definir-se ?
Conceituar o mundo das estrelas que explodem a todo instante, no céu, na terra
No próprio umbigo ?
Milhões de mortos esperam à margem da sepultura...de braços cruzados, cabeças baixas...
Que esperam ?
Prováveis vidas futuras ? Quais os prognósticos ?
Haverá uma hora marcada para começar uma guerra nuclear ?
Como saber da vida ? como saber da morte ?
O álcool neurótico dos inconcebíveis, arrebata-lhe a visão clara
E o vento acre que vem do nada, invade-lhe os pulmões aflitos.
As sensações do corpo são neutras ante um horizonte sempre igual.
Caminha com passos marcados, pelos mesmos caminhos de ontem
Sintetizando todas as coisas numa fração de segundo
Um jardim num quintal qualquer
Uma mão florindo para o afago
Aves de migração no domínio dos céus...
Uma mensagem percorre o cérebro
Não pensar
Não sentir
Não lembrar
Esquecer....
Olha a paisagem fria, com olhos de solidão, de silêncio... de eternidade.
Recolhe-se lentamente em seu mundo de sonhos
E lá se vai... com seu bordão de azul, apascentando as sete cores do arco i

Luiza

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- Kant "Quem não sabe o que busca,  não identifica o que acha." Colaboração: Itazir  de  Freitas